Há exatos três meses, o Rio Grande do Sul começava a ser assolado por uma das maiores tragédias da história do Brasil. Os temporais que provocaram enchentes sem precedentes causaram a morte de 182 pessoas. Segundo a Defesa Civil, 29 seguem desaparecidos.
O estado ainda tenta se reerguer e tem muitos problemas em várias regiões, que mudou a geografia gaúcha e a forma como as pessoas se relacionam com as próprias cidades. Os estragos não são apenas estruturais, como casas e estradas, mas na vida da população. Mais de 3,3 mil pessoas seguem desabrigadas.
Em julho, o governo do Rio Grande do Sul inaugurou três centros de acolhimento, também conhecidos como cidades provisórias, sendo dois em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e um na capital gaúcha. Os espaços abrigam a população afetada pela enchente que aguarda casas definitivas.
É fácil entender quando a tragédia começou, mas é difícil saber quando acaba, já que pelas cidades ainda há muita destruição e muitas pessoas em situação de incerteza.
A exemplo do corredor humanitário, criado para levar mantimentos à capital gaúcha quando o principal acesso da cidade estava alagado, foi criado em maio e continua de pé e não será destruído. Porto Alegre entendeu que precisa mantê-lo para caso de uma nova enchente.