Três meses após tragédia, 29 pessoas seguem desaparecidas no Rio Grande do Sul

Os temporais que provocaram enchentes sem precedentes causaram a morte de 182 pessoas e mais de 3,3 mil pessoas seguem desabrigadas

MATHEUS GOULART

Há exatos três meses, o Rio Grande do Sul começava a ser assolado por uma das maiores tragédias da história do Brasil. Os temporais que provocaram enchentes sem precedentes causaram a morte de 182 pessoas. Segundo a Defesa Civil, 29 seguem desaparecidos. 

O estado ainda tenta se reerguer e tem muitos problemas em várias regiões, que mudou a geografia gaúcha e a forma como as pessoas se relacionam com as próprias cidades. Os estragos não são apenas estruturais, como casas e estradas, mas na vida da população. Mais de 3,3 mil pessoas seguem desabrigadas. 

Em julho, o governo do Rio Grande do Sul inaugurou três centros de acolhimento, também conhecidos como cidades provisórias, sendo dois em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, e um na capital gaúcha. Os espaços abrigam a população afetada pela enchente que aguarda casas definitivas. 

É fácil entender quando a tragédia começou, mas é difícil saber quando acaba, já que pelas cidades ainda há muita destruição e muitas pessoas em situação de incerteza. 

A exemplo do corredor humanitário, criado para levar mantimentos à capital gaúcha quando o principal acesso da cidade estava alagado, foi criado em maio e continua de pé e não será destruído. Porto Alegre entendeu que precisa mantê-lo para caso de uma nova enchente. 

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