A passagem da cantora norte-americana Taylor Swift com a turnê “The Eras Tour” pelo Brasil ganhou as manchetes do mundo, mas, dessa vez, não foi pela música. Dois fãs da artista morreram em circunstância diferentes na cidade do Rio de Janeiro.
Na sexta-feira (17), a estudante de psicologia Ana Clara Benevides, de 23 anos, passou mal no estádio Nilton Santos, o Engenhão, chegou a ser atendida, mas não resistiu. O Ministério Público acompanha a investigação, que vai determinar a causa da morte.
A polícia ainda apura o caso de Gabriel Santana, de 26 anos, que estava no Rio para o show da artista e foi vítima de latrocínio na madrugada deste domingo (19), em Copacabana. Três pessoas envolvidas no crime foram presas.
Carros da comitiva da cantora foram apreendidos por circularem com as placas cobertas. Os motoristas podem responder pela infração.
Além disso, o show que seria realizado no sábado (18) foi adiado para esta segunda-feira (20). Companhias aéreas como Gol, Latam e Azul, afirmaram que não vão cobrar taxa para remarcação dos voos.
“Aqueles consumidores que tiveram prejuízos ou mais despesas com hospedagem, transporte, pacote de viagens terão seus casos analisados individualmente. Caso o consumidor encontre alguma dificuldade perante o fornecedor, poderá procurar o Procon”, declarou Cássio Coelho, presidente do Procon do Rio de Janeiro.
Fã com queimadura
Na primeira apresentação no Rio, até a artista sofreu com a temperatura, a sensação térmica bateu 60 graus. O calor foi tanto que fãs tiveram queimaduras ao entrarem em contato com a estrutura do evento.
"Nessa minha ida ao posto médico, vi outra menina entrar com queimadura. Vi um menino com queimadura na mão, na perna. Liberou uma entrada para todo mundo, sabendo que o chão era cheio de placa de metal e quem caísse na hora pegava queimadura. A gente estava em um forno a céu aberto”, disse a estudante Klessia Menezes à Band.
Procon
Pela internet, os fãs da artista criticaram a produtora Time For Fun (T4F) por descaso. O Procon apura se houve violação dos direitos dos consumidores.
“Identificada alguma irregularidade, a empresa poderá ser multada em até R$ 13 milhões e procedimento poderá ser encaminhado para o Ministério Público havendo indício de crime contra o consumidor”, pontuou o presidente do Procon-RJ.
Show deste domingo
A chuva de domingo deu um alívio no calorão, mas não foi suficiente para esfriar os ânimos. “Todo mundo apavorado nos últimos dias, cada hora uma tragédia nova, torcer para que tudo corra bem", disse a gerente de projetos Maria Eduarda Fidelis.
Mesmo com a mudança no clima, algumas medidas foram mantidas para evitar novos transtornos, como a distribuição de água para quem aguardava a abertura dos portões. O show ocorreu dentro da normalidade.