A Polícia Civil de São Paulo prendeu em flagrante, na tarde desta terça-feira (6), um homem de 55 anos suspeito de instalar câmeras em um vestiário feminino de funcionárias terceirizadas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no bairro da Liberdade, na capital paulista.
Segundo o delegado responsável pelo caso, do 5º DP, no centro de São Paulo, as investigações começaram há cerca de um mês. A polícia recebeu uma denúncia de que um funcionário da limpeza da FGV havia instalado duas câmeras de filmagem dentro do vestiário feminino. O caso aconteceu na Rua Professor Antônio Prudente.
As câmeras filmavam as funcionárias da limpeza da instituição, enquanto trocavam de roupa. Além de filmar, o homem também estava perseguindo uma funcionária. Ele chegou a colocar um rastreador na bolsa da vítima para saber onde ela estava a todo momento, além de ligar para ela diversas vezes.
As equipes conseguiram identificar o suspeito, de 55 anos, e a Justiça concedeu o pedido de mandado de busca e apreensão no endereço do homem. Dentro do imóvel, os policiais encontraram diversos materiais de pedofilia, além da apreensão de materiais eletrônicos e de informática, voltados à captação das imagens. Ele foi preso em flagrante.
Na delegacia, o acusado confessou os crimes. Ele alegou que instalou as câmeras e o rastreador porque é apaixonado por uma funcionária.
Em nota, a FGV informou que não teve conhecimento de que havia funcionários ou alunos envolvidos, ou vítimas da prática do crime.
“Tão logo foi informada dos fatos envolvendo, exclusivamente, prestadores de serviços terceirizados como supostos autores e vítimas, a FGV notificou a empresa responsável pelos serviços de limpeza (Colorado Serviços Ltda.), empregadora do funcionário acusado, requerendo seu imediato afastamento e a adoção das medidas necessárias, ‘em caráter de urgência’, para apuração dos ‘fatos, conjuntamente com as Autoridades Policiais’, para o que a FGV se colocou inteiramente ‘à disposição para colaborar no que for necessário’ e assim permanece, reiterando seu repúdio à prática de qualquer forma de assédio ou discriminação”, declarou a fundação em nota.