Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de ter matado o namorado com um brigadeirão envenenado, ficou em silêncio após se entregar à Polícia Civil do Rio de Janeiro, na noite desta terça-feira (4).
A mulher chegou a prestar um primeiro depoimento no dia 22 de maio, após o corpo do empresário ter sido encontrado. Na ocasião, ela falou sobre a relação com Luiz Marcelo Ormond, chegando a sorrir em alguns momentos (assista no vídeo acima). Em seguida, não foi mais vista e passou a ser considerada foragida.
Acompanhada da advogada, Júlia Pimenta foi questionada nesta terça (4) pelos investigadores, mas optou por ficar calada.
Já na segunda (3), um funcionário da farmácia em que a suspeita esteve antes do crime prestou depoimento à polícia e confirmou que ela comprou cerca de 50 comprimidos de Dimorf, medicamento à base de morfina que teria sido usado para envenenar a vítima. Segundo o funcionário, a compra foi feita com receita médica.
Caso brigadeirão
Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos, foi visto pela última vez na tarde de sexta-feira (17), saindo da piscina do prédio, acompanhado de Júlia Pimenta, de 29 anos. O momento foi gravado por câmeras de segurança do edifício. As imagens, obtidas pela Band, mostram os dois no elevador. O empresário tosse bastante e aparenta estar com tontura, chegando a se apoiar na lateral.
O corpo de Luiz Marcelo foi achado na segunda-feira (20) no sofá da sala após a denúncia de vizinhos, que sentiram um cheiro forte vindo do apartamento. A polícia solicitou exames complementares para apurar as causas do óbito.
Uma cigana identificada como Suyane Breschak foi presa suspeita de participar da trama. Segundo as investigações, Júlia devia dinheiro à mulher, que seria uma espécie de mentora espiritual, e planejou matar o namorado para se apossar dos bens e do dinheiro dele e pagar as dívidas.
A cigana confessou à polícia que sabia do plano e disse, inclusive, que Júlia chegou a enviar mensagens a ela após o crime se queixando do cheiro forte do corpo da vítima.