A primeira turma do Supremo Tribunal Federal, de forma unanime, decidiu manter a prisão dos supostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux acompanharam a decisão do Ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Agora, o STF notificará a Câmara dos Deputados, para que então seja analisada a prisão do deputado Chiquinho Brasão pelo plenário da Casa.
A morte da vereadora Marielle Franco foi idealizada pelos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e planejada pelo ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, segundo relatório da Polícia Federal.
A informação consta em documento divulgado neste domingo (24) após o ministro Alexandre de Moraes retirar o sigilo da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.
Para a PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
O documento ainda afirma que Rivaldo Barbosa instalou uma balcão de negócios na diretoria de divisão de homicídios.
A Polícia Federal prendeu, na manhã deste domingo (24), os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.