Sócio de Nego Di em suposto esquema de fraude é preso em Santa Catarina

Anderson Bonetti estava foragido desde 14 de julho e foi encontrado em uma casa alugada em Bombinhas, no litoral catarinense. Nego Di também está preso

GABRIELA DIAS

Sócio de Nego Di em suposto esquema de fraude é preso em Santa Catarina
Nego Di e o sócio, Anderson Bonetti
Reprodução

A Polícia do Rio Grande do Sul prendeu nesta segunda-feira (22) Anderson Bonetti, sócio do humorista e influencer Nego Di. Ele estava foragido e foi encontrado em um hotel em Bombinhas, em Santa Catarina.

O Ministério Público do RS havia emitido o mandado de prisão contra o sócio do humorista no mesmo dia que foi realizada a prisão de Nego Di, em 14 de julho. Eles são acusados de causar prejuízo a clientes da loja 'Tá Di Zuera', que não receberam os produtos que compraram. 

Nego Di e Anderson Bonetti criaram a loja em 2022 e, segundo investigações, os dois teriam entregue alguns dos pedidos para dar credibilidade ao negócio., mas, depois, começaram a dar desculpas e deixaram de cumprir com as promessas. 

Prisão por estelionato 

Em 2019, Anderson Bonetti foi alvo de mandado de prisão e ficou três anos foragido. Em 2022, ele se entregou para a polícia em João Pessoa, na Paraíba, por crime de estelionato. 

Em 2021, ele também virou réu pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul pelo crime de estelionato. Na época, ele gerou prejuízo de cerca de R$ 30 milhões para uma empresa gaúcha. 

Segundo a polícia, Anderson Bonetti seria o mandante da fraude envolvendo a “Ta Di Zueira”, que tem sede em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Na loja, eles vendiam smartphones, televisores, entre outros itens. 

Áudio mostra que ele não poderia ressarcir compras

A reportagem do Boa Tarde RS teve acesso a áudios que mostram que Nego Di e o sócio compravam ar-condicionados de outras empresas e repassavam para dar maior credibilidade ao esquema. 

Mas tudo leva a crer que a Tá Di Zuera nunca existiu. Em um dos áudios, ele fala de ressarcir clientes para diminuir a insatisfação. “Isso é o que eu vou pedir mais uma ajuda nessa questão. Preciso fazer uns estornos estratégicos, tá? Porque eu acho que não é novidade, não vou conseguir ressarcir todas as pessoas”, diz. 

"Eu preciso fazer uns estornos estratégicos para acabar com manifestações e incômodos assim, queria ver se você tinha uma relação de uns 10 que pagando, daria uma amenizada e tal", completa o áudio, acessado com exclusividade pela Band RS.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Nego Di usou da popularidade para dar credibilidade às promoções, abaixo do valor de mercado.

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