Senado aprova decreto que reconhece calamidade pública no RS; texto é promulgado

Com a medida, a União vai se amparar em exceções previstas na lei de responsabilidade fiscal para destinar, mais rapidamente, recursos ao estado afetado por enchentes

Da Redação

Enchentes no Rio Grande do Sul
REUTERS/Diego Vara

O Senado aprovou nesta terça-feira (7) o projeto de decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024, devido às fortes chuvas que atingem o estado, provocando elevado número de vítimas e danificando boa parte da infraestrutura do estado. 

Com a medida, a União vai se amparar em exceções previstas na lei de responsabilidade fiscal para destinar, mais rapidamente, recursos ou abrir mão de receita com o objetivo de garantir o socorro de que o povo gaúcho necessita. O decreto foi promulgado.

Da mesma forma que ocorreu na Câmara dos Deputados, a votação no Senado foi simbólica, ou seja, não houve a necessidade de registro de votos no painel da Casa, já que o projeto era de amplo consenso entre os parlamentares. 

“(Estamos promulgando) o decreto legislativo de autoria do presidente da República. Quero cumprimentar a agilidade da Câmara. Nós, igualmente, aprovamos. É um primeiro passo muito importante de ajuda ao Rio Grande do Sul”, declarou Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. 

O projeto autoriza a União a não computar na meta de resultado fiscal as despesas autorizadas por meio de crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias ao enfrentamento da calamidade pública no Rio Grande do Sul e suas consequências sociais e econômicas. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho (contingenciamento).

O número de municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas fortes chuvas chega a 401, e já foram confirmadas 95 mortes decorrentes dos temporais. O número de desaparecidos no estado chegou a 131 e o de desalojados passa de 159 mil.

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