SP: Secretário de Segurança pede afastamento de PMs envolvidos em caso de homem jogado de ponte

Derrite disse que esse tipo de conduta não pode ser tolerada. “Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no estado de São Paulo”

Da redação

O Secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, publicou um vídeo nas redes sociais afirmando que pediu o afastamento dos policiais envolvidos no caso em que um homem foi jogado de uma ponte pelos oficiais em uma abordagem. Segundo Derrite, essa conduta não condiz com a ação da policia.

“Assisti ao vídeo em que policiais militares participam de uma ação e um deles lamentavelmente arremessa um indivíduo que estava contido, controlado, de uma ponte. Quero dizer para todos vocês que essa ação não encontra respaldo nenhum nos procedimentos operacionais da polícia militar. Eu determinei ao Comando da polícia militar o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos nessa ação, bem como a partir de hoje, que eles cumpram expediente administrativo na corregedoria da polícia militar, até que todos os procedimentos investigativos sejam esclarecidos”, afirmou. 

Derrite disse que esse tipo de conduta não pode ser tolerada. “Não vamos tolerar nenhum tipo de desvio de conduta de nenhum policial no estado de São Paulo”.

O MPSP também se manifestou sobre o caso. O MP classificou as ações como estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis e pediu punição aos policiais envolvidos. 

“Estarrecedoras e absolutamente inadmissíveis! Não há outra forma de classificar as imagens do momento no qual um policial militar atira um homem do alto de uma ponte, nesta segunda-feira. Pelo registro divulgado pela imprensa, fica evidente que o suspeito já estava dominado pelos agentes de segurança, que tinham o dever funcional de conduzi-lo, intacto, a um distrito policial para que a ocorrência fosse lavrada. Somente dentro dos limites da lei se faz segurança pública, nunca fora deles. Assim, esta Procuradoria-Geral de Justiça determinará, ainda nesta terça-feira (3/12), que o Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP) associe-se ao promotor natural do caso para que o MPSP envide todos os esforços no sentido de punir exemplarmente, ao fim da persecução penal, os responsáveis por uma intervenção policial que está muito longe de tranquilizar a população”, disse em nota.

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