Momentos de diversão que se transformaram em pesadelo. Acidentes recentes com tirolesas acenderam o alerta para a segurança neste tipo de passeio, que cada vez mais ganha adeptos no Brasil.
O caso mais recente foi no Estádio do Mineirão. Uma adolescente de 14 anos ficou ferida ao cair do equipamento sobre a arquibancada. A jovem sofreu escoriações leves. Em outubro do ano passado, um turista paraense morreu ao cair de uma tirolesa na praia de Canoa Quebrada, no Ceará. O proprietário da empresa foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Atividades de aventura, como tirolesa, devem seguir regras rígidas de segurança. O equipamento individual precisa ser checado por pelo menos dois profissionais diferentes antes da descida.
“De bate-pronto, a pessoa pode olhar o capacete, se ele é um equipamento em boas condições. Assim como também a parte sintética, como os conectores não podem estar enferrujados, ver se as fivelas estão enferrujadas” afirmou Vinícius Martins, diretor da Abeta e empresário.
Apesar de não ser obrigatório por lei, existe uma certificação de segurança para empresas que realizam atividades de ecoturismo.
“A ABNT é o órgão certificador. Todo ano passamos por uma auditoria. E a gente ganha esse selo da ISO. A gente pode procurar pelo site da ABNT para ver se a empresa é certificada” disse Renata Correia Torres Audry, gerente comercial Alaya Expedições.
Gyvair Molinar, que é praticante de esportes radicais há 20 anos, traz dicas quando vai fechar passeios com empresas que não conhece. ”Quem são as pessoas ou instrutores, se são treinados ou não. Eu buscaria por elemento que demonstre se ela é comprometida com segurança. Toda atividade radical tem um risco” finalizou.