Apesar da decisão judicial que determina a suspensão da greve dos rodoviários, a retomada da operação dos coletivos municipais do Rio de Janeiro é gradual. Segundo o Rio Ônibus, sindicato das empresas, cerca de 60% da frota está circulando.
A paralisação foi considerada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho, sob pena de multa diária de R$ 200 mil ao Sindicato dos Rodoviários em caso de descumprimento.
A entidade que representa os motoristas afirma que os ônibus só começaram a sair das garagens pois os empresários estão pressionando os funcionários e os buscando em casa para ir trabalhar. Já o Rio Ônibus diz que o movimento de retorno ao trabalho é espontâneo, por conta da decisão judicial.
No BRT, que é administrado pela prefeitura, 100% da frota ainda está parada e as estações estão fechadas. Fontes ligadas ao setor afirmam que o sindicato dos rodoviários está rachado e que os motoristas dos articulados decidiram não acatar a ordem judicial.
A entidade afirma que ainda não foi notificada oficialmente, mas marcou uma assembleia para às 14h para definir a continuidade ou não da paralisação.
Os rodoviários da cidade do Rio de Janeiro entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (29). A paralisação inclui todo o sistema de ônibus, incluindo o BRT, de acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José.
A decisão foi tomada em assembleia na presença de mais de 400 motoristas e cobradores nesta segunda-feira (28) na sede social do sindicato, em Rocha Miranda, na zona norte da capital fluminense.
A paralisação já tinha sido discutida em uma reunião entre representantes da categoria e das empresas de ônibus, nesta segunda, no Ministério Público do Trabalho (MPT), mas não houve acordo entre as partes.
Os trabalhadores pedem o reajuste do salário e de benefícios de alimentação. Segundo a categoria, são cerca de 19 mil rodoviários no município do Rio, que transportam diariamente cerca de 3 milhões de usuários.