O velório e o enterro de Ricardo Merini foram em Rio do Sul no último domingo (29). A cidade onde ele nasceu fica a 200 kms da capital, Florianópolis. Amigos e parentes participaram da despedida.
Familiares que estiveram no instituto médico legal reconheceram o corpo de Ricardo. Ele foi levado para o IML no dia 22 de outubro, quando foi encontrado por policiais militares sem documentos.
“A gente checou no IML mais de duas vezes, e as pessoas vieram no IML e nenhum corpo reconhecido com as características dele”, disse uma das amigas do ator.
E são características muito marcantes! Não dava para não saber que era ele. Então, ele estava aqui desde sempre e a gente a ver navios. Nenhuma notícia, nenhum respaldo, nenhum amparo nada. Foi um descaso o que aconteceu com nosso amigo, com a família dele com os amigos”, finalizou.
De acordo com a secretaria de Segurança Pública de São Paulo corpos que chegam no IML como desconhecidos podem ser identificados em menos de 72 horas caso tenham RG paulista. Em outras situações, dependendo das condições das digitais, pode demorar até 10 dias.
Familiares e amigos se revoltaram com a demora no reconhecimento, que só aconteceu no sábado.
“Isso não pode acontecer! Um corpo está no IML há seis, sete dias e ninguém buscou a gente. Isso é surreal, isso não pode acontecer”, afirmou indignada outra amiga de Merini.
O ator e modelo Ricardo Cesar Merini era de Santa Catarina e tinha trinta e sete anos.
No último dia 21, ele saiu do prédio onde morava as onze e meia da noite para encontrar amigos. O corpo dele foi encontrado a poucos metros do apartamento debaixo de um viaduto na região central de São Paulo.
Médicos do SAMU estiveram no local e encontraram Ricardo já sem vida. De acordo com o atestado de óbito o ator sofreu traumatismo craniano.
O celular dele foi encontrado dias depois numa comunidade do jaguaré na zona oeste de São Paulo. A polícia investiga as circunstâncias da morte.