A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (13) a esposa do policial Arnaldo José do Nascimento, de 57 anos, morto a tiros durante suposta tentativa de assalto em sua gráfica em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. A novidade da investigação foi dada em primeira mão pela Band.
O caso ocorreu no último dia 6 e teve grande repercussão devido ao modus operandi dos criminosos, que estavam disfarçados de moradores em situação de rua e usavam balões de festa para esconder o rosto. Eles invadiram o estabelecimento onde a vítima trabalhava e efetuaram ao menos cinco disparos. Logo após o crime, um dos suspeitos foi preso em flagrante. O atirador, identificado como Ronaldo da Silva Franca, teve a prisão temporária decretada, mas segue foragido.
Ao longo das investigações, no entanto, o comportamento da esposa da vítima levantou suspeitas, já que ela não demonstrava tristeza e esteve na unidade antes mesmo do enterro para saber como fazia para receber o salário do marido morto. Outro ponto que chamou a atenção dos policiais foi fato de ela não reconhecer o criminoso preso, já que eles estiveram frente a frente no dia do crime.
Em buscas pelo atirador, as equipes de investigação passaram a fazer contato diário com a vizinhança para saber se ele aparecia na região. Nesta segunda, foram até a casa dele para conversar com a esposa, que está grávida de nove meses, e se surpreenderam ao encontrar a esposa do policial morto no local, conversando tranquilamente.
Foi então que eles constataram que as duas famílias são conhecidas, já chegaram a trabalhar juntas na gráfica onde tudo aconteceu e trocaram mensagens no fim do ano, dias antes dos fatos.
Durante a abordagem, as equipes notaram que Maria Francileide Nunes estava com a arma do marido, uma pistola Taurus calibre 380, na cintura. A mulher foi conduzida à delegacia e autuada em flagrante por porte ilegal de armas. Além disso, o delegado pediu à Justiça sua prisão temporária como mandante da morte do próprio marido e alterou a natureza do crime de latrocínio, como foi registrado inicialmente, para homicídio.
A motivação do crime encomendado continua sendo investigada, mas a polícia já sabe que o atirador foi contratado por R$ 20 mil reais para executar Arnaldo. A investigação é conduzida pela 7ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).