O presidente do partido Solidariedade, Eurípedes Júnior, passou por audiência de custódia neste domingo (16) e vai seguir preso no Distrito Federal. O político era considerado foragido desde a última quarta-feira (12) – chegando a ser incluído na lista de procurados da Interpol – e se entregou à Polícia Federal no sábado (15).
Na audiência de custódia, os advogados do dirigente partidário, José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob, pediram que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O pedido foi negado pela Justiça.
O político segue em uma cela da Superintendência da PF, em Brasília, e deve ser transferido ao complexo penitenciário da Papuda, em São Sebastião, no DF.
Eurípedes Júnior foi um dos principais alvos da operação Fundo do Poço, que apura desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do PROS, partido que agora integra o Solidariedade.
Os valores desviados chegariam a R$ 36 milhões. Além de Eurípedes Júnior, outras seis pessoas foram presas.
As investigações partiram de uma denúncia feita por um ex-dirigente do PROS que acusa o partido de ter usado candidatos laranjas para superfaturar serviços de empresas de fachada. Na sequência, a legenda teria comprado imóveis para lavar dinheiro público.
Um helicóptero, que está registrado em nome do PROS e teria sido comprado com dinheiro desviado, foi apreendido durante a operação.
Entre os crimes investigados pela Polícia Federal estão os de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Em nota, os advogados de defesa de Eurípedes Júnior afirmaram que seu cliente conseguirá provar inocência diante dos fatos em apuração. "Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará, perante a Justiça, não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a prisão preventiva, mas também sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial."