Prefeitura do RJ demite 20 funcionários de UPA após morte de paciente que aguardava atendimento

Entre os demitidos estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e recepcionistas; José Augusto Mota da Silva morreu na última sexta-feira (13)

da redação

Prefeitura do RJ demite 20 funcionários de UPA após morte de paciente que aguardava atendimento
Paciente morre na sala de espera da UPA Cidade de Deus, no RJ
Reprodução

A prefeitura do Rio de Janeiro demitiu 20 profissionais de saúde que estavam de plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus na última sexta-feira (13), onde José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu à espera de atendimento médico

Segundo a secretaria de Saúde municipal, entre os demitidos estão médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e recepcionistas. 

José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, foi filmado inconsciente sentado em uma cadeira da unidade. Segundo testemunhas, ele estava vomitando e sentia fortes dores abdominais quando procurou a unidade de saúde acompanhado do amigo Douglas Silva. 

Segundo a Secretaria de Saúde, o paciente passou pela classificação de risco por volta das 20h30 e minutos depois a equipe foi acionada porque José Augusto já estava desacordado. Ele foi encaminhado para um setor da unidade destinado a casos mais graves, onde foi constatado uma parada respiratória. 

Douglas só soube da morte pelas redes sociais, já na madrugada de sábado (14), e entrou em contato com a família de José Augusto, que chegou a achar que era um trote. 

O paciente era de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo, e morava no Rio desde 2012. Ele foi enterrado na cidade natal no domingo (15), onde passaria o Natal com a família. “Por uma irresponsabilidade os outros, que custaram a atender ele, eu só quero justiça”, declarou a irmã de José Augusto, Meriane Silva. 

No sábado (14), o secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que os funcionários responderão a uma sindicância e vão ser denunciados nos respectivos conselhos de classe. Soranz classificou como inadmissível o fato de os profissionais não terem percebido a gravidade do caso.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro também abriu sindicância. A Polícia Civil investiga o caso e realiza exames complementares para saber a causa exata da morte de José Augusto.

Com informações da BandNews FM Rio de Janeiro

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