Porto Alegre sofre com chuva e rajadas de vento: ‘Fiquem em casa’, diz prefeito

Fortes chuvas atingiram a capital gaúcha e outras cidades do RS na noite de terça-feira (16). Uma pessoa morreu em Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre

Da Redação, com Band RS

A cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, registrou, em uma hora, 76 milímetros de chuva, mais da metade da média prevista para o mês de janeiro (110 mm), segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). No Aeroporto Salgado Filho, as rajadas de vento atingiram 89 km/h. 

Segundo a prefeitura de Porto Alegre, até às 7h da manhã desta quarta-feira (17), 150 árvores ou galhos caíram pela cidade. Das seis Estações de Tratamento de Água do (Etas) do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), cinco estão paralisadas por falta de energia. Também são 11 casas de bomba sem luz, o que prejudica o escoamento da água acumulada pela chuva. 

Em entrevista ao Bora Brasil, o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo, disse que a orientação é que as pessoas fiquem em casa. “A melhor maneira que o nosso cidadão pode contribuir nesse momento que a cidade está faltando água, faltando luz, árvore caída… é ficar em casa, a não ser que tenha uma emergência da emergência”, disse. 

“Amanhecemos trabalhando. Estamos conversando com o Exército para entrar nessa ajuda, ou seja, quais são as nossas prioridades? Nesse momento é a questão de energia, temos seis capitações de água da cidade para abastecer 1,5 milhão de pessoas e desde às 22h de ontem cinco dessas estações ficaram sem energia. Somente agora voltou em uma outra estação de tratamento, que vai atender 500 mil pessoas, que já estão desabastecidas. Tem muita gente que está sem água que vai continuar durante o dia, porque não há água sem energia”, pontuou. 

Segundo o prefeito, uma das prioridades é desobstruir vias da capital gaúcha para que Porto Alegre não pare. Sebastião Melo declarou que é preciso ter uma atenção especial para a rede de saúde, que tem geradores, mas com tempo limitado de uso. 

“Quando tem uma crise, você não consegue atender a cidade em sua interez ao mesmo tempo. Então, o gestor tem que ter a capacidade de dialogar internamente com órgãos de governança resolutiva e é o que nós estamos aqui. Essa questão climática veio para ficar, cidades precisam se adaptar, o crescimento desordenado é um dos grandes desafios. A crise sempre é um momento de tomar decisões que já deveriam ter tomado antes”, completou o prefeito da capital gaúcha. 

Chuvas no estado 

O Hospital Fêmina teve todos os andares alagados e suspendeu temporariamente os serviços. Pacientes de enfermaria do Hospital São Lucas foram remanejados devido ao desabamento de teto em dois leitos de UTI. 

Mais de 1,3 milhão de pessoas estão sem energia elétrica no estado.

Segundo a última atualização, divulgada pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar, pelo menos quatro rodovias estaduais têm bloqueio total. Outras seis apresentam bloqueios parciais.

A Defesa Civil emitiu alerta para as pessoas se protegerem e evitarem áreas de risco. Todo o estado tem previsão de chuvas intensas, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, ainda nesta quarta-feira (17).

Em Santana do Livramento, fronteira com o Uruguai, a chuva forte deixou vários pontos de alagamento. Em Dom Pedrito inclusive houve queda de granizo.
 

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