Porsche: polícia investiga se pessoas tiraram garrafas do carro após acidente

Testemunhas disseram às autoridades que viram pessoas retirando garrafas de dentro do carro de luxo depois do acidente. Inquérito investiga fraude processual

Por Guilherme Oliveira

A Polícia Civil de São Paulo abriu um novo inquérito para investigar se houve fraude processual por parte de familiares do empresário Fernando Sastre Filho, acusado de beber e causar um acidente trânsito que causou a morte de um motorista de aplicativo e outra pessoa ferida ferido, em 31 de março.

Testemunhas disseram às autoridades que viram pessoas retirando garrafas de dentro do carro de luxo depois do acidente, ou seja, antes da chegada da perícia. 

A Justiça de São Paulo realizou a primeira audiência do caso no Fórum Criminal da Barra Funda, na semana passada, e teve a participação do amigo de Fernando Sastre, que estava no veículo e ficou gravemente ferido no acidente, e as namoradas do amigo e do condutor da Porsche, e outras testemunhas. 

Em nota enviada à Band, a Secretaria de Segurança Pública informou que, em cumprimento à requisição judicial, foi instaurado no início da semana um inquérito no 30º Distrito Policial, no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, para apurar fraude processual envolvendo familiares do indiciado. “Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos”, informou a pasta.

Relembre o caso

O empresário é acusado de dirigir embriagado no acidente que matou o motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana. Ele está preso, de forma preventiva, em Tremembé desde 6 de maio, após ter a prisão decretada pela Justiça. 

Antes ficou três dias foragido sendo procurado. Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por assumir o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).

Segundo o laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. 

Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que o abordaram. Caso condenado, Fernando poderá pegar mais de 20 anos de prisão.

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