Policial acusado pela morte de Ágatha Félix vai a júri popular nesta sexta (8)

Ágatha Félix tinha apenas 8 anos quando voltava para casa com a mãe e foi atingida por um tiro de fuzil nas costas, na comunidade da Fazendinha. no Rio

Por Clara Nery

O policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado de ter feito o disparo que matou Ágatha Vitória Sales Félix, vai a júri popular às 11h desta sexta-feira (8), no 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Ele responde pelo crime de homicídio qualificado. 

Além dele, sete testemunhas vão ser ouvidas. Dois peritos vão participar da sessão, após pedido da defesa do PM. Segundo os advogados, os laudos que apontaram que o agente foi responsável pelo tiro têm pontos controversos.

Ágatha Félix tinha apenas 8 anos quando voltava para casa com a mãe e foi atingida por um tiro de fuzil nas costas, na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão. 

O caso

O crime ocorreu na noite de 20 de setembro de 2019, na comunidade da Fazendinha. Segundo a denúncia, o PM estava em serviço quando atirou de fuzil contra duas pessoas não identificadas que trafegavam em uma moto, por acreditar que se tratavam de integrantes do tráfico local. 

Ainda segundo a denúncia, "nestas circunstâncias, o denunciado, por erro no uso dos meios de execução, atingiu pessoa diversa da que pretendia matar, uma vez que um dos projéteis de arma de fogo disparado pelo denunciado ricocheteou no poste de concreto, fragmentando-se em partes, sendo certo que um desses fragmentos teve sua trajetória alterada, vindo a atingir a criança Ágatha Vitória Sales Felix". 

Na época, o Ministério Público informou que o crime foi cometido por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, em momento pacífico na localidade, com movimentação normal de pessoas e veículos.

“A denúncia ressalta que a investigação conduzida pela Polícia Civil rechaçou a tese de legítima defesa apresentada por Rodrigo, já que não houve nenhuma agressão aos policiais, ficando assim demonstrado ‘que a ação violenta foi imoderada e desnecessária’”, declarou o MP.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais