Policiais ligados a bicheiro Rogério de Andrade são alvos de operação do MPRJ

Investigadores apuram o envolvimento de três policiais civis e um agente penal em jogos de azar (caça-níqueis), esquema chefiado pelo contraventor

Por Clara Nery

Rogério de Andrade está preso desde 29 de outubro
Wagner Rodrigues/Mocidade

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e a Corregedoria-Geral da Polícia Civil cumprem, nesta quinta-feira (28), mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um agente penitenciário e três policiais civis. Eles são investigados por integrarem organização criminosa chefiada por Rogério de Andrade.

Os investigadores apuram o envolvimento dos policiais civis e penal em jogos de azar (caça-níqueis), na Zona Oeste, esquema chefiado por Rogério de Andrade. Segundo o inquérito em andamento, os três policiais civis e o agente penitenciário também integram um grupo responsável por negociar a liberação de presos em flagrante mediante pagamentos ilícitos, na 34ª DP (Bangu). 

As investigações iniciaram a partir do conteúdo de um celular apreendido na segunda fase da operação Quarto Elemento, deflagrada pelo MPRJ, em 2018. 

Os mandados foram requeridos pelo MPRJ à 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital e são cumpridos em Bangu, Realengo, Taquara e Vargem Pequena.

O contraventor Rogério de Andrade foi preso em 29 de outubro, em uma operação do MPRJ, que o denunciou pelo homicídio do também bicheiro Fernando de Miranda Iggnacio. A pedido do órgão, ele foi transferido em 12 de novembro para um presídio federal de segurança máxima, no Mato Grosso do Sul.

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