Polícia tenta prender ex-motorista de socialite acusado de cárcere e tentativa de feminicídio

Família acusa José Marcos Chaves Ribeiro de ter mantido Regina Lemos Gonçalves, durante 10 anos, isolada em casa, sem contato com amigos e parentes

da redação com fernando david

Polícia tenta prender ex-motorista de socialite acusado de cárcere e tentativa de feminicídio
Socialite Regina Lemos Gonçalves
Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (26), a operação Dama de Ouros para tentar prender o motorista José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado contra a socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos. 

Ela é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, fabricante da famosa marca de cartas de baralho. A família acusa o ex-motorista de tê-la mantido, durante dez anos, isolada em casa, sem contato com amigos e parentes. 

A decisão judicial, que transformou o ex-motorista em réu, foi baseada em uma investigação, que começou em novembro do ano passado. Após diversos depoimentos, inclusão de laudos e boletins de atendimento e detalhes do período em que Regina viveu com José Marcos no apartamento do Edifício Chopin, ao lado do Copacabana Palace, a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica ofereceu denúncia contra o suspeito pelos crimes, solicitando a prisão preventiva.

A denúncia pela tentativa de feminicídio está baseado em uma internação no dia 30 de dezembro de 2021, quando Regina foi parar no hospital com uma lesão na cabeça. Ela precisou ser operada e só teve alta em janeiro de 2022. Mas ninguém da família foi comunicado do fato.

A juíza da 4ª Vara Criminal determinou que desocupem a mansão localizada em São Conrado. O local estaria sendo administrado por José Marcos e teria sido alugado a terceiros. Também estão sendo realizadas buscas no imóvel e em apartamentos na mesma região. 

O ex-motorista e outros investigados estão proibidos de se aproximar da vítima a menos de 500 metros de distância e de ter contato por qualquer meio. Também estão proibidos de frequentar o Edifício Chopin e uma mansão.

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