Após a prisão do miliciano Zinho, chefe da principal milícia do Rio de Janeiro, as autoridades, agora, trabalham com o monitoramento de quem pode ser o sucessor do criminoso. Foragido desde 2018 e com 12 mandados de prisão, ele se entregou à Polícia Federal (PF) no último domingo (25).
Além dos membros da milícia “Bonde do Zinho”, grupos rivais da Zona Oeste e Baixada Fluminense também podem se movimentar pelo comando da organização paramilitar. A polícia também trabalha com a hipótese de que, antes de se entregar, Zinho já tenha elegido um sucessor.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, a milícia do Zinho controla bairros da Zona Oeste com uma população de mais de 2,6 milhões de habitantes.
Rivais de Zinho
Já na Região Metropolitana, a milícia rival em nova Iguaçu é comandada por “Juninho Varão”, onde vivem mais de 800 mil moradores.
Em Seropédica, o domínio da região com 90 mil pessoas, passou a ser do miliciano Tauã de Oliveira Francisco, conhecido como “Tubarão”.
Principal rival de Zinho, Danilo Dias Lima, o “Tandera”, tem o paradeiro desconhecido, mas a polícia acredita que ele controle a distância alguns territórios.
Segurança máxima
Apesar das possíveis disputas pelos territórios da milícia do Zinho, a polícia do Rio não detectou nenhuma movimentação dos bandos desde a prisão. Zinho está no Presídio de Segurança Máxima de Bangu. Há a possibilidade de o miliciano ser transferido para fora do estado.
Uma audiência de custódia confirmou a prisão preventiva de Zinho. Ele está sozinho, em uma cela de 6 m², sem direito a banho de sol.