A Polícia Civil de São Paulo investiga uma tentativa de estupro contra uma estudante na Praça do Relógio da USP (Universidade de São Paulo). Segundo a denúncia, o caso ocorreu em 21 de agosto e foi registrado no 93° DP (Jaguaré). O autor do crime ainda não foi identificado.
Em nota, a USP disse que está colaborando com as investigações e que a aluna é acompanhada por uma assistente social da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento.
“A Prefeitura do Campus USP da Capital esclarece que tem atuado para melhorar a iluminação na Cidade Universitária. Em 2024, já foram instaladas 134 novas lâmpadas e 775 lâmpadas foram reparadas (do total de 7 mil luminárias). Também está sendo estudado um retrofit total do sistema de iluminação. O projeto já foi contratado e será entregue no final de setembro. Paralelamente, é feito um constante trabalho de poda das árvores nos locais em que os galhos obstruem as luminárias”, afirmou a universidade, no comunicado.
“Em relação à segurança, a Superintendência de Prevenção e Proteção Universitária da USP informa que a Polícia Comunitária e a Guarda Universitária ampliaram o número de rondas na Cidade Universitária. Desde 2016, a comunidade universitária dispõe do aplicativo Campus USP, que permite ao usuário relatar, dentre outras ocorrências, denúncias de violência contra mulher. Outra função do aplicativo é que o usuário, durante um deslocamento a pé, pode ativar o sistema de alerta que, em uma situação de emergência, avisa a Guarda Universitária”, completou.
Já o DCE Livre da USP informou que “o problema é estrutural” e que “são inúmeros os casos de violência de gênero que ocorrem na Universidade de São Paulo que sequer são conhecidos, quanto menos solucionados”.
“O que ocorre, na maioria das vezes, é que a burocracia universitária é tanta que faz com que as vítimas desistam de levar o caso adiante pois não suportam a exposição a que são submetidas”, declarou o diretório, também em nota, ressaltando que o antigo serviço de atendimento às mulheres, o “USP Mulheres”, foi desativado em 2022.
"Hoje tais casos simplesmente são ignorados pela instituição até que caiam no esquecimento (…). Desse modo, os agressores sexuais se sentem livres para praticar seus crimes na certeza da impunidade. Até quando a USP vai se manter omissa diante de tais casos?”, concluiu.