Quinze pessoas foram presas em uma operação da polícia contra acusados de lavagem de dinheiro de grupos paramilitares nas comunidades da Muzema e Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A investigação apontou movimentações financeiras de R$ 8,5 milhões em apenas um ano por parte dos principia alvos: Laerte Silva de Lima e Francisco das Chagas de Brito Castro.
No período investigado, Francisco relatou que trabalhava como encarregado de obras e ganhava R$ 4 mil por mês e Laerte apontou diversas ocupações que não explicam tamanha movimentação financeira.
A dupla é acusada de usar diversas pessoas e empresas de fachada para movimentar o capital ilícito. Entre as técnicas usadas para lavar dinheiro conversão de ativos em bens, criação de empresas de fachada e aquisição de criptomoedas.
Uma das empresas alvo de mandados de busca e apreensão é investigada no inquérito que apura a morte de 24 pessoas após um desabamento de prédios na Muzema em 2019.
O grupo também é acusado de crimes típicos de milícia como parcelamento ou loteamento ilegal do solo, desmatamento, bem como venda e locação de imóveis irregulares.