Um dos chefes da Casa Militar do Palácio do Bandeirantes, o tenente-coronel Marcelo Tasso, da Polícia Militar, e outros três PMs foram presos nesta quinta-feira (5), pela Polícia Federal (PF), por suspeita de envolvimento na extração ilegal de 78 quilos de ouro aprendidos em operação. Os policiais alegam que a escolta do ouro feita por eles era legal.
A Casa Militar é órgão do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, responsável pela Defesa Civil do Estado e pela segurança do governador Rodrigo Garcia (PSDB).
A detenção dos policiais, segundo documento sigiloso da PM revelado pelo jornal O Estado de São Paulo, aconteceu às 15 horas dessa quarta-feira (4) no quilômetro 74 da Rodovia Castello Branco, na cidade de Sorocaba, na pista no sentido São Paulo.
Pela cotação atual, o carregamento é avaliado em cerca de R$ 23 milhões.
O avião, um King Air, foi abordado pelos agentes federais enquanto o ouro era descarregado em malas de viagens.
Durante a ação, a PF descobriu que policiais militares do estado de São Paulo eram os responsáveis pela escolta do carregamento.
Um dos objetivos da apuração será entender o envolvimento dos PMs no transporte do ouro.
Além do ouro, a PF apreendeu a aeronave e celulares de todas pessoas abordados no local. Elas estão sendo ouvidas pela polícia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, foi elaborado um boletim de ocorrência para averiguar a extração irregular de minério. Além disso, a Corregedoria da Polícia Militar acompanha a investigação.