O policial militar à paisana, que executou o jovem Gabriel Renan da Silva Soares no estacionamento de um mercado na Zona Sul de São Paulo, foi identificado como Vinicius de Lima Brito e foi afastado das atividades. O agente já responde por outros casos de violência policial.
Na primeira vez que ele tentou entrar para a corporação, Vinicius de Lima Brito não conseguiu porque foi reprovado no exame psicológico. O resultado do teste apontou que ele tinha descontrole emocional.
Em outra tentativa, ele foi aprovado. Porém, ele é investigado, além da execução no mercado, em outro processo envolvendo a morte de duas pessoas na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, durante uma tentativa de assalto. A arma usada por ele não foi encontrada.
Execução de jovem em mercado
Um jovem foi morto a tiros pelas costas por um policial à paisana em frente a um mercado na Zona Sul de São Paulo. Em depoimento, o agente havia alegado legítima defesa.
As novas imagens da execução foram divulgadas pela família da vítima. O caso aconteceu no início do mês de novembro.
O jovem, que usava um moletom vermelho com capuz, foi até o mercado e realizou um furto de produtos de limpeza. Na sequência, quando ele sai do local, ele esbarra em uma pessoa, escorrega em um papelão e cai no chão do estabelecimento.
Um policial à paisana, que estava no caixa do local, atira pelas costas no jovem. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado declarou que o agente foi afastado das atividades operacionais e o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“As imagens mencionadas foram captadas, juntadas aos autos e estão sendo analisadas para auxiliar na apuração dos fatos. Familiares da vítima foram ouvidos e diligências estão em andamento para identificar e qualificar a testemunha que esbarrou na vítima durante sua fuga do estabelecimento comercial, momentos antes de ser alvejado. A Polícia Militar acompanha as investigações, prestando apoio à Polícia Civil”, informou a SSP em nota.
Governador de SP comenta o caso
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou nesta terça-feira (3) que “providências serão tomadas” após a repercussão dos casos de violência envolvendo policiais militares.
Em publicação nas redes sociais, o governador mencionou os casos do policial que joga um homem do alto de uma ponte em um córrego e o de um agente à paisana que atirou em um jovem pelas costas no estacionamento de um supermercado. Os dois casos aconteceram na Zona Sul de São Paulo.
“A Polícia Militar de São Paulo é uma instituição que preza, acima de tudo, pelo seu profissionalismo na hora de proteger as pessoas. Policial está na rua para enfrentar o crime e para fazer com que as pessoas se sintam seguras”, escreveu Tarcísio de Freitas.
“Aquele que atira pelas costas, aquele que chega ao absurdo de jogar uma pessoa da ponte, evidentemente não está à altura de usar essa farda. Esses casos serão investigados e rigorosamente punidos. Além disso, outras providências serão tomadas em breve”, completou o governador.