Pior dor do mundo: Santa Casa de Alfenas vai oferecer tratamento a 50 pacientes

Hospital fez o anúncio após a repercussão do caso de Carolina Arruda

Por Fábio Melo

Carolina Arruda
Arquivo pessoal

Após a repercussão do caso de Carolina Arruda, jovem que convive com “a pior dor do mundo”, a Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais, vai oferecer tratamento gratuito a mais 50 pacientes com neuralgia do trigêmeo. O anúncio foi feito nesta semana.

Segundo a instituição, os tratamentos serão feitos em parceria com a Faculdade Sinpain e a Prefeitura Municipal de Alfenas. Para seleção, os pacientes devem enviar os seguintes documentos ao email solidariedade@santacasaalfenas.com.br:

  • Documento de Identidade
  • Comprovante de endereço
  • Cartão do SUS
  • Comprovação da condição clínica, através de laudo médico e exames recentes
  • Carta assinada pelo secretário de saúde do município de origem se comprometendo ao fornecimento de transporte, hospedagem e outras despesas não médicas na cidade de Alfenas (MG)
  • Relatório assinado por assistente social comprovando condição econômica.

Após a seleção de pacientes através da documentação, serão agendadas consultas online dos escolhidos com a equipe médica. Se confirmada a indicação de tratamento, o procedimento será agendado.

“A escolha obedecerá a critérios exclusivamente clínicos e sociais, como idade, tempo de doença, condição clínica geral do paciente, intensidade dos sintomas e vulnerabilidade econômica”, diz a Santa Casa, ressaltando que não serão incluídos pacientes que possuam acesso a saúde suplementar (planos e seguros de saúde).

Novo tratamento

A mineira Caroline Arruda Leite, de 27 anos, declarou nesta segunda-feira (15) que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Alfenas, onde está internada para realizar tratamentos com o objetivo de reduzir os sintomas da neuralgia do trigêmeo, doença da “pior dor do mundo”. 

“Saí da UTI agora para o quarto, fiquei ao todo cinco dias sedada e nesses cinco dias foi feito uma sonoterapia, para tentar levar o meu cérebro para um stand by e receber o mínimo de estimulação para tirar um pouco daquela dor aguda”, declarou Carolina Arruda em vídeos publicados nas redes sociais. 

O médico está esperançoso, ele disse que não vai prometer nada, mas está esperançoso e eu também estou esperando ansiosa com esse tratamento. Eu não acredito que estou sem sentir dor, não acredito. Não sei se dá para ver no meu semblante, mas estou aliviada.

O tratamento continuará com uma série de novas etapas, incluindo implante de neuroestimuladores, bomba de morfina, descompressão microvascular e nucleotractomia.

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