A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Perfídia no Distrito Federal e em mais três estados para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra supostas fraudes na compra de coletes balísticos durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.
O general Braga Netto, interventor do Rio na época, não é alvo desta fase, mas, como é investigado no caso, ele teve o sigilo telefônico quebrado.
A investigação visa apurar os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa supostamente praticados por servidores públicos federais na contratação da empresa americana CTU Security LLC pelo governo brasileiro para aquisição de 9.360 coletes balísticos com sobrepreço no ano de 2018 pelo Gabinete de Intervenção Federal no Rio de Janeiro.
A investigação começou com a cooperação internacional da Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA (Homeland Security), que informou que a empresa americana CTU Security e o governo celebraram contrato, através do Gabinete de Intervenção Federal do Rio, com sobrepreço em coletes balísticos.
Além desta contratação, a Operação Perfídia investiga o conluio de duas empresas brasileiras que atuam no comércio de proteção balísticas e formam um cartel deste mercado no Brasil.
Segundo informações do repórter Túlio Amâncio, ex-integrantes do gabinete de intervenção afirmam que a equipe não recebeu os coletes e cancelou a licitação porque existiam irregularidades no processo.