Pai de homem que tatuou rosto de ex-namorada deve ser investigado

Polícia apura se ele dirigiu o carro que levou a jovem ao cárcere privado

Da Redação, com Bora Brasil

A conduta do pai de Gabriel Henrique Alves Coelho, suspeito de tatuar à força o próprio nome no rosto da ex-namorada em Taubaté (SP), deve ser investigada pela polícia. 

O jovem foi preso após desrespeitar medida protetiva que o impedia de se aproximar da garota. A investigação quer saber se houve participação ativa do pai no ato de levá-la até o local onde ela foi mantida em cárcere.

Tayane Caldas, de 18 anos, disse que foi sequestrada e mantida em cárcere no fim de semana, quando teve o rosto tatuado com o nome do ex.

O pai de Gabriel teria dirigido o carro que levou a jovem até a casa onde ela foi tatuada à força pelo filho dele.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) investiga o caso. 

Violência

A jovem sequestrada que teve o rosto tatuado pelo ex-namorado, em entrevista ao Brasil Urgente, nessa segunda-feira (23), disse que o agressor sempre foi violento e que já recebeu ameaças de morte. 

"Quando teve a primeira agressão, eu terminei. Fiquei o período de um ano sem ele. Ai tentei acreditar e voltei. Não foi diferente, ele começou a fazer tudo. Quando tentava terminar, não conseguia mais. Ele fazia ameaças. Ele falava que ia matar minha mãe, que ia atrás dos meus pais, dos meus irmãos”, disse a vítima.

Vídeo: vítima que teve rosto tatuado pelo ex-namorado conversa com Datena

O suspeito de 21 anos foi preso no último domingo. Gabriel é investigado pela Delegacia da Mulher de Taubaté por sequestro e tortura. Ele tatuou o nome no rosto da ex-namorada como se ela fosse propriedade dele. Ao entrar em contato com a vítima, o rapaz descumpriu duas medidas protetivas, uma de 2021 e outra deste ano.

Ainda na entrevista ao apresentador José Luiz Datena, a jovem lembrou-se do início do relacionamento, de como o então companheiro era gentil e querido pela família dela. Por outro lado, a personalidade controladora e ciumenta começou a aparecer depois do terceiro mês de relacionamento.

“O começo do relacionamento era normal, como qualquer outro. Saía todo mundo junto. Ele vinha à minha casa, e minha mãe gostava dele. A partir de três meses, ele mudou por completo, quando ele começou a me proibir de sair com amigos, queria ter acesso a todas minhas redes sociais. Eu não podia sair com meus pais sem ele e não parou mais”, continuou.


 

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