Operação prende quadrilha que fabricava e vendia anabolizantes falsificados no Rio

Substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias; quadrilha utilizava substâncias tóxicas e nocivas para seres humanos, como repelentes de insetos

Por Clara Nery

Operação prende quadrilha que fabricava e vendia anabolizantes falsificados no Rio
Viatura da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Reprodução/Polícia Civil do RJ

A Polícia Civil e o do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, realizam, nesta terça-feira (14), a operação Kairos, para desarticular uma quadrilha especializada na fabricação e na venda de anabolizantes em todo o país. 

Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Brasília. A ação conta com o apoio da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD) da Polícia Civil do Distrito Federal. Até o momento, 15 pessoas foram presas.

As investigações tiveram início em junho de 2024, após uma parceria do Setor de Inteligência da Delegacia com os Correios que possibilitou identificar grandes quantidades de remessas de substâncias anabolizantes enviadas diariamente por encomenda para diversos locais do Rio de Janeiro, bem como destinatários em outros estados. 

Segundo a investigação, as substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias, e ainda utilizava nas suas fórmulas substâncias tóxicas e nocivas para seres humanos, como repelentes de insetos.

A Polícia Civil identificou, com vendas em plataformas online e redes sociais, uma movimentação de mais de R$ 80 milhões pelas contas bancárias de alguns dos investigados.

Ainda neste período, foram apreendidas mais de 2 mil substâncias ilícitas que seriam remetidas, gerando um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso.

Os investigados são responsáveis por diversas marcas. Como estratégia de maximizar as vendas, o grupo investigado patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de remunerar influenciadores digitais para alavancar as vendas.

Os denunciados responderão por associação criminosa, crime contra a saúde pública e crimes contra o consumidor.

As investigações prosseguem para identificar os revendedores, influenciadores e atletas patrocinados para multiplicar as vendas do grupo criminoso. Eles chegavam a receber mais de R$ 10 mil mensais para promoção da marca.

Com informações da BandNews FM Rio de Janeiro

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