Operação prende 7 suspeitos de operar 'caixinha' do Comando Vermelho no Rio

Ação policial nos complexos da Maré e do Alemão tem registro de confronto intenso; um policial militar foi baleado

Por Clara Nery

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quarta-feira (15), uma operação contra integrantes da facção Comando Vermelho envolvidos em um esquema financeiro conhecido como “Caixinha do CV”. 

Até o momento, pelo menos sete pessoas já foram presas nos complexos do Alemão e da Maré. A ação tem registro de confronto intenso e um policial militar baleado.

Os alvos foram denunciados pelo MP à Justiça pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas e à ocultação de valores ilícitos em mais de 4.888 operações financeiras, totalizando aproximadamente R$ 21.521.290,38.

Os mandados, obtidos pelo MPRJ, foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada e estão sendo cumpridos em Bangu, Jacarepaguá, Engenho da Rainha, Nova Iguaçu, Ramos, Copacabana, Cordovil, Santo Cristo e no Instituto Penal Vicente Piragibe. Também há mandados sendo cumpridos nos estados da Bahia e Paraíba.

A denúncia apresentada à Justiça destaca que o esquema financeiro estruturado pelo Comando Vermelho sustenta as atividades criminosas do grupo. O sistema funciona por meio de taxas cobradas mensalmente de líderes de pontos de venda de drogas nas comunidades dominadas pela facção. 

Em troca, os responsáveis pelas “bocas de fumo” têm acesso à marca da organização, fornecedores de entorpecentes, suporte logístico e apoio bélico.

Ainda segundo a denúncia do GAECO/MPRJ, os valores arrecadados são centralizados e utilizados para financiar ações como compra de drogas e armamentos, expansão territorial, pagamento de propinas, assistência a membros presos e crimes conexos, como extorsões, roubos de cargas e veículos, além da exploração monopolizada de serviços de internet. 

Nesta fase da operação, os principais alvos são familiares e operadores do fundo financeiro da facção criminosa.

De acordo com o Rio Ônibus, seis linhas precisaram fazer desvios de itinerários. São elas:

  • 621 (Penha x Saens Penha)
  • 622 (Penha x Saens Penha)
  • 623 (Penha x Saens Penha)
  • 625 (Olaria x Saens Penha)
  • 679 (Grotão x Méier)
  • 312 (Penha x Candelária)

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