Odor do corpo de homem morto envenenado no RJ atraiu urubus a apartamento

Mulher é suspeita de ter matado namorado com brigadeirão envenenado para pagar dívidas

Bruna Carvalho

Mensagens trocadas entre a mulher suspeita de ter matado o namorado com um brigadeirão envenenado e a cigana que teria sido cúmplice do crime mostram que Júlia Pimenta elaborou estratégias para tentar dissipar o odor forte do corpo em decomposição de dentro do apartamento, mas não conseguiu.  

Segundo as conversas trocadas com Suyane Breschak, a suspeita ligou ventiladores em direção à janela para dissipar o cheiro, mas, além de não conseguir diminuir o odor, acabou atraindo urubus que começaram a rodear o ambiente.  

A cigana Suyane foi presa nesta quarta-feira (29). Na quinta (30), teve a prisão mantida pela Justiça.  

Segundo as investigações, Júlia devia dinheiro à mulher, que seria uma espécie de mentora espiritual, e planejou matar o namorado para se apossar dos bens e do dinheiro dele e pagar as dívidas.

Relembre o caso

A Polícia Civil do Rio de Janeiro procura uma mulher suspeita de ter matado o namorado com um brigadeirão envenenado. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição no apartamento em que eles moravam, no bairro Engenho Novo, zona norte da capital.  

Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos, foi visto pela última vez na tarde de sexta-feira (17), saindo da piscina do prédio, acompanhado de Júlia Pimenta, de 29 anos. O momento foi gravado por câmeras de segurança do edifício. As imagens, obtidas pela Band, mostram os dois no elevador. O empresário tosse bastante e aparenta estar com tontura, chegando a se apoiar na lateral.  

O corpo de Luiz Marcelo foi achado na segunda-feira (20) no sofá da sala após a denúncia de vizinhos, que sentiram um cheiro forte vindo do apartamento. A polícia solicitou exames complementares para apurar as causas do óbito.  

Empresário estava “lento”

Segundo um primo de Luiz Marcelo Ormond, que não quis se identificar, a família suspeita que ele estava sendo envenenado aos poucos. “As pessoas falam que ele parecia meio lento dias antes de morrer”, disse ao Brasil Urgente

Uma tia reforçou a suspeita. "Ele foi um garoto excelente, tratava bem todas as pessoas. Ela talvez até estava proibindo ele de me ligar, ou estava dando remédio. Ele não conseguia mais fazer certas coisas", contou.

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