Ao menos 95 mortes foram registradas nas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil estadual às 18h desta terça-feira (7). Há ainda 362 feridos, 131 desaparecidos e 4 óbitos em investigação.
Já são 401 municípios afetados, 48.297 pessoas em abrigos e outras 159.036 desalojadas. No total, 1.443.950 pessoas foram afetadas pela tragédia.
Repasse de R$ 1 bilhão
A segunda-feira (6), no Palácio do Planalto, foi de reuniões para decidir as primeiras liberações de dinheiro da União para o Rio Grande do Sul. Serão pelo menos R$ 580 milhões direcionados a emendas de parlamentares gaúchos e mais R$ 80 milhões do Fundo Nacional de Segurança, além de uma medida provisória anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Esse é o pensamento do Lira, é o pensamento do Pacheco, é o pensamento do governo, é o pensamento dos ministros. Nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que a gente contribua com a recuperação do estado, com a melhoria da vida das pessoas, facilitar, naquilo que a gente puder facilitar, obviamente dentro da lei, a vida do povo gaúcho”, disse Lula.
Decreto da Câmara
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta segunda-feira (6) o projeto de decreto legislativo (PDL) 236/2024 enviado pelo governo federal que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado.
Com isso, os limites e prazos previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes, na maior crise climática de sua história. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho.
A medida também permite ao Rio Grande do Sul e a seus municípios ampliar operações de crédito e o recebimento de transferências voluntárias.