Nego Di deixa presídio no RS após STJ conceder liberdade provisória: ‘Deus é maior’

Humorista estava preso em Canoas, na Grande Porto Alegre, deste julho deste ano; Nego Di foi detido em uma ação que apura crimes de estelionato

Por Guilherme Oliveira

Nego Di
Reprodução/Instagram

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), concedeu, nesta quarta-feira (27), liberdade provisória ao humorista e influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di. Ele estava detido há quatro meses na Grande Porto Alegre. 

A prisão preventiva do artista havia sido decretada em julho deste ano. Segundo a polícia, a prisão de Dilson Alves da Silva Neto foi preso em uma operação que apura crimes de estelionato.

Na liminar concedida, o ministro estabeleceu as seguintes medidas cautelares em substituição à prisão: comparecimento periódico em juízo, proibição de mudar de endereço sem autorização judicial, proibição de se ausentar da comarca sem prévia comunicação ao juízo, proibição de usar redes sociais e recolhimento do passaporte.

Nego Di teve a prisão decretada no dia 17 de julho. Ao manter a medida, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) apontou que, segundo as investigações, o influenciador – que à época tinha mais de dez milhões de seguidores – usava a sua imagem para divulgar em redes sociais produtos de uma empresa que, na verdade, seria utilizada para a prática de golpes.

Segundo o TJRS, haveria registro de 370 ocorrências policiais sobre pessoas supostamente lesadas pela empresa.

Vítimas teriam sido ressarcidas dos prejuízos

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca comentou que, apesar do número de registros policiais citado pelo TJRS, a denúncia contra o influenciador aponta apenas 18 vítimas – e, segundo a defesa, essas pessoas foram ressarcidas dos prejuízos com as compras.

Em relação a um possível risco de continuidade das atividades tidas por criminosas, o relator no STJ destacou que o tribunal estadual, diferentemente do que ocorreu no caso de outros réus do mesmo processo, não descreveu quais práticas diretamente relacionadas a Nego Di justificariam a manutenção de sua prisão.

O ministro ainda afirmou que os fatos denunciados são de 2022, a investigação foi concluída, a ação penal está em curso e os supostos crimes não envolveram violência ou grave ameaça. 

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