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Mulher presa por bolo envenenado comprou arsênio na internet e recebeu pelo correio

Polícia pediu a prorrogação da prisão temporária de Deise Moura dos Anjos, detida desde o dia 5 de janeiro

Por Ticiano Kessler

A mulher presa suspeita de matar três pessoas da mesma família com um bolo envenenado na cidade de Torres, no Rio Grande do Sul, comprou o arsênio usado para cometer o crime na internet e recebeu a encomenda pelos Correios.

A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que pediu a prorrogação por mais 30 dias da prisão temporária de Deise Moura dos Anjos, detida desde o dia 5 de janeiro.

A investigação teve acesso ao recibo do pedido do veneno e ao comprovante de entrega com assinatura da suspeita. 

Marido e filho também ingeriram veneno

Na semana passada, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou a presença de arsênio nos exames feitos pelo marido e pelo filho de Deise. 

O homem e o menino de 10 anos ingeriram a substância tóxica diluída em um suco de manga no início do mês de dezembro – antes do caso do bolo, ocorrido no dia 23. A bebida foi preparada pela mulher para o marido, mas a criança também consumiu por “descuido”. Nenhum deles precisou de atendimento. 

O marido da suspeita já prestou depoimento à polícia, que segue investigando. 

Caso do bolo envenenado

No dia 23 de dezembro de 2024, seis integrantes da família buscaram atendimento médico após comerem um bolo e apresentarem sintomas de intoxicação. Três deles morreram: as irmãs Maida Berenice da Silva e Neuza Denize dos Anjos, e a filha dela, Tatiana dos Anjos.

Os policiais colheram provas e obtiveram indícios de que Deise, nora de uma das vítimas, era a responsável pelo envenenamento, o que motivou o pedido de prisão. 

No decorrer da investigação, a polícia descobriu que o sogro dela havia morrido meses antes e desconfiou. O corpo foi exumado e a perícia confirmou que no sangue dele havia arsênio – a mesma substância tóxica encontrada no bolo. 

Por causa das mortes e supostas tentativas de assassinatos em série, Deise é tratada como “serial killer” pela polícia.

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