MP denuncia PMs por morte de estudante de medicina dentro de hotel em SP

Marco Aurelio Cárdenas Acosta, de 22 anos, foi baleado com um tiro à queima-roupa, em um hotel na Vila Mariana, em 20 de novembro

da redação com agência brasil

O Ministério Público de São Paulo denunciou por homicídio qualificado os dois policiais militares envolvidos na morte do estudante de medicina Marco Aurelio Cárdenas Acosta, de 22 anos, com um tiro à queima-roupa, em um hotel na Vila Mariana, na Zona Sul da capital, em 20 de novembro.

Em novembro do ano passado, durante uma ação de patrulhamento, os PMs Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado atiraram no rapaz, que estava desarmado.

A denúncia foi apresentada pelos promotores Estefano Kummer, Antonio Folgado e Enzo Boncompagni, que destacaram o motivo torpe e a impossibilidade de defesa da vítima no crime. Assim, os acusados responderão por homicídio qualificado.

No documento da Promotoria, consta que, enquanto um dos policiais causou a morte do jovem ao atirar contra ele, o outro prestou auxílio moral e material para o crime.

Em 3 de janeiro, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, autor do disparo, por homicídio doloso eventual. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele já havia sido indiciado no inquérito policial por homicídio doloso e permanece afastado das atividades, assim como o PM que o acompanhava no dia do ocorrido.

Relembre o caso 

O crime ocorreu na madrugada de 20 de novembro, quando os policiais militares patrulhavam as ruas do bairro. Imagens de câmeras da região mostram quando o universitário deu um tapa no retrovisor da viatura e correu. Na perseguição, ele entrou no hotel onde estava hospedado com uma amiga.

No saguão do hotel, um PM tentou segurar a vítima pelo braço. O outro policial encurralou o rapaz, que chegou a deferir um chute no agente de segurança. Na briga, o estudante foi atingido por um tiro no abdômen.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais