Motoristas de aplicativos de transporte prometem parar por 24 horas nesta segunda-feira (15), em protesto contra a defasagem dos repasses do valor da corrida pelas empresas. A paralisação é parcial e foi convocada pela Federação dos Motoristas de Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e pela Associação dos Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp).
Em São Paulo, a categoria protesta na região do Pacaembu, zona oeste de São Paulo e deve se dirigir para a Assembleia Legislativa do estado. No Rio de Janeiro, os motoristas se reuniram no aeroporto Santos Dumunt, no centro da cidade.
Em entrevista ao Bora Brasil, o presidente da Amasp, Eduardo Lima, afirmou que o protesto é contra o repasse do valor da corrida e afirmou que o desconto de taxas nos valores da corrida chega a 60% por parte das empresas.
“Desde 2016, até hoje, estamos ganhando o mesmo valor. Os passageiros tiveram um reajuste, pagando um pouco mais caro, a partir de 2019. Antes disso, a taxa era fixa, o motorista sabia quanto seria a corrida em questão de quilômetros e minutos e, também, quanto sairia da corrida no seu bolso. Hoje, o motorista não tem essa previsão. As tarifas e as taxas são variáveis e grande parte das corridas chegam até 60% de desconto de taxas por parte das empresas”, disse.
Em relação à greve dos motoristas nesta segunda, Eduardo afirmou que a paralisação parcial foi “apenas um aviso para as empresas de que nós estamos nos mobilizando”.
“Hoje foi apenas um aviso para as empresas de que nós estamos nos mobilizando, nos unindo, para que seja solucionado este problema das tarifas. Porém, as próximas manifestações vão ter força. O motorista sai para trabalhar, vai estar para a rua, porém vamos marcar pontos estratégicos e parando por uma hora, duas, três. A nossa reivindicação é que a tarifa mínima, de até 3km, seja a partir de R$ 10. Para as demais, R$ 2 reais o km e 30 centavos o minuto”, completou.