A Justiça de São Paulo realiza nesta sexta-feira (28) a primeira audiência do motorista do Porsche, Fernando Sastre Filho, acusado de beber e causar um acidente trânsito que causou a morte de um motorista de aplicativo e outra pessoa ferida ferido, em 31 de março.
A sessão vai definir se há indícios de crime para levar Fernando Sastre Filho a julgamento. O homem é considerado réu pelos crimes de homicídio por dolo eventual e lesão corporal gravíssima.
O caso aconteceu em 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, na região do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. Segundo laudo da perícia, o veículo de luxo estava a mais de 100 km/h, sendo que a velocidade máxima permitida na via é de 50 km/h,
Na primeira audiência do caso, que será realizada Fórum Criminal da Barra Funda, terá participação do amigo de Fernando Sastre, que estava no veículo e ficou gravemente ferido no acidente, e as namoradas do amigo e do condutor da Porsche.
Fernando Sastre Filho participará da audiência por videoconferência do presídio de Tremembé, onde está preso, no interior de São Paulo. A expectativa é que neste primeiro momento o empresário só assista e ouça a audiência e não seja interrogado, que deve acontecer na segunda sessão.
Relembre o caso
O empresário é acusado de dirigir embriagado no acidente que matou o motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana. Ele está preso, de forma preventiva, em Tremembé desde 6 de maio, após ter a prisão decretada pela Justiça.
Antes ficou três dias foragido sendo procurado. Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por assumir o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).
Segundo o laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h.
Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que o abordaram. Caso condenado, Fernando poderá pegar mais de 20 anos de prisão.