Motociclistas procuram “vacina” contra furtos e roubos em SP

Prática consiste em gravar as peças da motocicleta com o chassi ou o número da placa

Por Cesar Cavalcante

Motociclistas com medo da violência estão “vacinando” as motos contra furtos e roubos na cidade de São Paulo. A prática, que ganhou o nome de “vacina antifurto", tem o objetivo de gravar as peças das motocicletas com o número de chassi ou da placa do veículo. 

Com a iniciativa, as peças, que são marcadas, podem ser identificadas como roubadas e com isso, fica mais difícil de ser vendida no mercado ilegal.

Toda moto tem uma numeração, o chassi, marcado perto do guidão. Em caso de roubo, geralmente, essa peça é descartada, mas outras partes das motos são vendidas ilegalmente. Já com as peças “vacinadas”, elas são recusadas por receptadores porque acabam sendo reconhecidas como furto ou roubo. Também há adesivos refletivos para que com a aproximação, o bandido veja a marcação e desista da ação criminosa.

O presidente da Associação Brasileira de Identificação e Rastreabilidade de partes e peças, Sinval Pereira da Silva, disse que com as peças “vacinadas”, mesmo se o criminoso tentar raspar o código, ele vai ter trabalho para repassar a peça a algum receptador: “Ela impede tanto no mercado legal quanto no paralelo”, completou.

Segundo a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública de São Paulo, nos primeiros quatro meses deste ano, os roubos e furtos de moto cresceram quase 27,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

O mecânico João Neves, que aplica a vacina em veículos, contou à reportagem do Bora Brasil que vê a procura pela prática aumentar. O custo gira em média de R$ 350.

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