Ministério das Mulheres é alvo de denúncias de assédio moral e racismo

As denúncias apontam a participação da ministra Cida Gonçalves em situações de assédio moral e omissão diante de casos de racismo

Da redação com Thayane Melo

Ministra Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres
Juliana Eliziaro/Ministério das Mulheres

Funcionários do Ministério das Mulheres relataram casos de assédio moral e racismo em denúncia feita ao site Alma Preta. A chefe da pasta, Cida Gonçalves, e a secretária-executiva, Maria Helena Guarezi, são citadas nas denúncias de 17 pessoas ouvidas. 

As denúncias apontam a participação da ministra Cida Gonçalves em situações de assédio moral e omissão diante de casos de racismo. O site apresenta um áudio que seria de uma reunião onde Cida Gonçalves acusou uma ex-secretária de priorizar fazer campanha política no Pará visando as eleições de 2026 em vez do trabalho na pasta. Na gravação ela chega a ameaçar o emprego das servidoras que eram da equipe de Carmen Foro, secretária demitida.

Segundo servidoras ouvidas pela reportagem do site Alma Preta, essa reunião foi o ponto alto de uma relação de trabalho marcada pelo assédio moral, perseguição, racismo e violência política por parte da ministra das Mulheres. 

Elas afirmaram que a pasta recebe o apelido nos corredores de “Ministério do Assédio”.

A denúncia de racismo se direciona à secretária-executiva da pasta, Maria Helena Guarezi, quem assume a chefia do ministério na ausência de Cida Gonçalves.

Em nota, o Ministério afirmou que não recebeu denúncia nos canais competentes do órgão sobre nenhum dos episódios mencionados e irá averiguar os casos. E que repudia todo tipo de discriminação e tem feito diálogos internos com servidores(as) de todas as áreas. 

“Em relação à reportagem do site Alma Preta, o Ministério das Mulheres não recebeu denúncia nos canais competentes do órgão sobre nenhum dos episódios mencionados e irá averiguar os casos. O Ministério as Mulheres reforça ser contra todo tipo de discriminação e tem feito diálogos internos com servidores(as) de todas as áreas, incluindo lideranças e trabalhadores(as) terceirizados(as), sobre prevenção e enfrentamento a todo tipo de assédio e discriminação, bem como os caminhos para se registrar denúncias e o processo de apuração”, afirmou. 

A CGU solicitou ao Ministério das Mulheres, na última segunda-feira (21), "o envio de documentos e informações relacionados ao tema (...) para subsidiar a adoção de eventuais providências por parte desta Corregedoria-Geral". O órgão está tomando as devidas providências.

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