Médica é presa pela morte de paciente durante procedimento estético no Rio

Eliana Jimenez Dias responde por homicídio com dolo eventual, quando assume o risco de matar, e por fraude processual

Por Nicolle Timm

A médica colombiana Eliana Jimenez Dias, acusada de realizar o procedimento estético que resultou na morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira, de 41 anos, em 15 de junho, foi presa na manhã desta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro. Ela foi encaminhada para o presídio de Benfica. 

Eliana foi presa por agentes da Polícia Civil de uma delegacia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, e no momento da prisão a médica estava em casa, localizada na mesma região. Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em escritórios da médica no centro da cidade. 

Eliana Jimenez Dias responde por homicídio com dolo eventual, quando assume o risco de matar, e por fraude processual. Segundo a polícia, a médica tentou esconder provas que poderiam ter ajudado nas investigações. 

Um dos motivos das autoridades pedirem a prisão da médica foi a possibilidade de Eliana sair do país, já que ela tem dupla nacionalidade 

Relembre o caso

Uma clínica de estética foi interditada pela Polícia Civil, em 16 de junho, após a morte da paciente Ingrid Ramos Ferreira, de 41 anos. Ela morreu durante uma abdominoplastia, com a médica Eliana Maria Jimenez Diaz.

Segundo a família da vítima, ela chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu e morreu na maca do procedimento. A médica responsável chegou a ser ouvida pela polícia, mas foi liberada. O Conselho Regional de Medicina afirma que Eliana está com o registro regular.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica orienta que procedimentos como a abdominoplastia sejam realizados em hospitais. Nele, são removidos um determinado volume de gordura e excesso da pele na região do abdômen.

Ingrid estava com o filho de 14 anos, que ligou para a família depois do ocorrido. Quando a cunhada e o irmão de Ingrid chegaram ao local, ela já estava morta.

“Ela achou que ia realizar o sonho dela. Deixou o filho, a filha que está prestes a ter um neném, para o mês que vem. Seria o primeiro neto dela”, lamenta Juliana Guedes, cunhada da vítima.  

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