Um grupo de manifestantes se reuniu na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo (23), para pedir o arquivamento do projeto de lei 1904, que equipara o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio, aumentando de dez para 20 anos a pena máxima para quem fizer o procedimento.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha mostra que 66% dos brasileiros são contrários ao projeto. O levantamento aponta que 56% dos entrevistados afirmaram conhecer o PL, mas 44% não sabem do que se trata.
Entre as mulheres entrevistadas, 69% afirmaram ser contrárias à proposta, enquanto a proporção de homens foi de 62%.
Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, informou que irá criar uma comissão para discutir o projeto de lei no segundo semestre de 2024.
O adiamento do debate ocorre após críticas ao teor do projeto - que além de equiparar o aborto ao homicídio, impõe uma pena maior a mulher que faz o procedimento em comparação a de um estuprador - e pelos deputados federais terem aprovado regime de urgência para a proposta, o que significa votar diretamente no plenário sem passar por discussões nas comissões da Casa.
