Atualmente há mais famílias dispostas a adotar uma criança, do que crianças aguardando adoção. São 30 mil famílias na fila de espera, enquanto 4 mil crianças estão em abrigos.
O processo de adoção é rigoroso e demorado. É o que explica o juiz Ibere Dias: “A primeira fila é a fila da cidade. Então, crianças de uma determinada cidade preferencialmente são encaminhadas para serem adotadas por pessoas daquela mesma cidade. Além disso, outro fator crucial em relação ao tempo de fila, é o perfil escolhido pela pessoa que vai adotar”, disse.
Fatores como a escolha do perfil da criança também pode diminuir ou aumentar o tempo na fila de espera. “Quanto mais amplo for o perfil, menor o tempo de fila. A formação do vínculo entre a criança e entre as pessoas que vão adotar tem que ser feita de forma cuidadosa. Não pode apressar as coisas”, disse Ibere.
A família construída por Isabelle e Thiago Guimarães foge do padrão. São cinco filhos. Todos adotados e todos fruto de uma adoção tardia. A filha do casal Nayara, por exemplo, foi adotada aos 17 anos e disse que já nem tinha mais esperança.
Já o Wallace foi adotado aos 13 anos e tem uma tatuagem que leva no braço homenageando ao pai e a mãe, que mudaram a vida dele.