O líder da oposição da Coreia do Sul, Lee Jae-myung (Partido Democrata), foi esfaqueado no lado esquerdo do pescoço durante uma sessão de conversa com jornalistas na ilha Gadeok, em Busan, no sudeste do país. O caso aconteceu na manhã de terça-feira (2) pelo horário local - noite de segunda-feira (1º) no Brasil.
Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, o político estava em Busan para visitar as obras de um novo aeroporto que está sendo construído na região. Testemunhas disseram que o suspeito abordou Lee Jae-myung disfarçado de apoiador e pedindo um autógrafo. Em seguida, atacou o político. O homem foi preso.
A polícia identificou o suspeito como um homem entre 66 e 67 anos e de sobrenome Kim. Segundo as autoridades da Coreia do Sul, ele usou uma faca de 18 centímetros comprada online. A Agência de Polícia Metropolitana de Busan deve indiciar Kim por tentativa de homicídio, já que ele confessou ter a intenção de matar Lee.
Imagens divulgadas pela agência Yonhap mostraram Lee Jae-myung deitado no chão com os olhos fechados e pessoas ao seu redor pressionando um lenço na lateral de seu pescoço.
O líder da oposição foi levado primeiro ao Hospital Universitário Nacional de Pusan ??e depois ao Hospital Universitário Nacional de Seul, onde foi submetido a uma cirurgia. Kwon Chil-seung, porta-voz do partido, disse que Lee estava em uma unidade de terapia intensiva (UTI) se recuperando e consciente.
“Demorou mais do que o esperado (cirurgia) e estamos acompanhando de perto o seu progresso”, disse o porta-voz partido. “Condenamos veementemente o ato de terror político contra Lee”, afirmou, apelando às autoridades para investigarem o caso.
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol condenou o ataque e declarou que “a violência nunca deverá ser tolerada em nenhuma circunstância”, segundo o seu gabinete. Yoon também expressou profunda preocupação com Lee e pediu celeridade nas investigações.