Lentidão no trânsito de SP subiu 15% em 2023, aponta levantamento da CET

Segundo a CET, a média mensal em dias úteis entre janeiro e novembro de 2023 foi de 346 km, sendo que em 2022 foi de 302km

Por Cesar Cavalcante

O trânsito é capaz de deixar qualquer pessoa mal-humorada. A lentidão em São Paulo subiu para 15% em 2023 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). 

A CET aponta que a lentidão média mensal em dias úteis entre janeiro e novembro de 2023 foi de 346 km, sendo que em 2022 foi de 302km. Até quem é de fora de São Paulo reparou na piora do trânsito da capital paulista. 

“A Marginal, avenidas principais, com certeza teve um aumento considerável”, disse o químico Fernando Gomes. Já o empresário Nei Bueno, que é do Paraná, destacou que a lentidão nas vias de São Paulo aumentou “violentamente”. 

Outro levantamento do primeiro semestre deste ano aponta que o trânsito não chegou aos patamares pré-pandemia. Em 2019, era 33% mais lento. Por outro lado, o trabalho híbrido - também estimulado pela pandemia - fez com que as sextas e segundas registrassem trânsito mais leve do que de costume. São os dias em que muita gente consegue fazer home office.

Já o meio da semana registrou a maior alta no congestionamento. Em relação ao ano passado, a média de lentidão às terças subiu 8,9%; às quartas, 9% e 5,8% às quintas. O começo e o fim da semana tiveram variações menos expressivas: as segundas registraram uma alta de 3,8% e as sextas uma queda de 2,3%.

Para Sergio Avelleda, pesquisador em mobilidade urbana, nem o rodízio consegue melhorar a fluidez do trânsito, já que muitas famílias têm mais de um carro na garagem e conseguem revezar para fugir dos dias de restrição. Ele sugere outras soluções.

“Nós precisamos, até porque não há mais espaço para automóveis na cidade, desestimular o uso do carro. Isso implica na prefeitura priorizar o transporte público, abrir mais faixas exclusivas para ônibus. A prefeitura deve continuar investindo em ciclovias e boas calçadas para que as pessoas possam optar pelas bicicletas e pela caminhada”, destacou Sergio Avelleda. 

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