Laudo da Porsche aponta que motorista estava a 136 km/h no momento da colisão

Fernando Sastre Filho está preso no interior de São Paulo pela morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana. Acidente aconteceu em 31 de março

Por Guilherme Oliveira

Equipamento de segurança de Porsche aponta que o condutor Fernando Sastre Filho estava a 136 km/h no momento da batida contra um Renault Sandero, que causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, em 31 de março, na avenida Salim Farah Maluf, na Zona Leste de São Paulo. 

Um laudo anterior da Polícia Técnico-Científica, indicou que Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu o carro, porém a fabricante do veículo, que tem um sistema de “caixa-preta”, conseguiu identificar que ele estava a 136 km/h em uma via onde a velocidade máxima permitida é de 50 km. 

Além disso, a fabricante Porsche identificou que o carro estava adulterado. O escapamento do veículo não era o original e foi colocado um que aumentava o ruído e potência na aceleração. 

Novas imagens que constam no laudo do Instituto de Criminalística, mostrando o carro do motorista de aplicativo destruído após o acidente com a Porsche (veja no vídeo acima). 

O motorista do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, se entregou à Polícia no dia 6 de maio e cumpre pena no Tremembé, no interior de São Paulo, em regime fechado. 

Relembre o caso

O empresário é acusado de dirigir embriagado no acidente que matou o motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana. Ele está preso, de forma preventiva, em Tremembé desde 6 de maio, após ter a prisão decretada pela Justiça. 

Antes ficou três dias foragido sendo procurado. Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por assumir o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).

Segundo o laudo pericial da Polícia Técnico-Científica, Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. 

Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência, liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que o abordaram. Caso condenado, Fernando poderá pegar mais de 20 anos de prisão.

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