A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de recurso apresentado pelo cantor Leandro Lehart, fundador do grupo de pagode Art Popular, e manteve a condenação por estupro e cárcere privado de uma mulher.
O cantor foi condenado a nove anos, sete meses e seis dias de reclusão pelos crimes. A denúncia foi feita em outubro de 2019. Esse é o segundo recurso negado pela Justiça.
Pelas redes sociais, a defesa do cantor declarou por meio de nota que irá recorrer da sentença judicial.
“Conforme noticiado pela imprensa, em que pese voto do Relator absolvendo Leandro Lehart, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, por maioria, manteve a sentença de primeira instância. Os autos permanecem em segredo de justiça. A defesa segue certa da inocência e recorrerá, confiante de que a verdade será restabelecida, a tempo e modo, pelo Poder Judiciário”, diz o texto.
Lehart ainda não teve a prisão decretada, mas poderá ser detido quando a defesa não puder mais recorrer das decisões.
O caso
A vítima declarou ter conhecido o cantor na internet e ido a um encontro na casa dele. Ela afirmou ter sido submetida a situações degradantes e foi trancada dentro do banheiro.
Depois do abuso, a mulher diz ter perdido o emprego, tentado cometer suicídio e ter passado a enfrentar problemas psicológicos.
O cantor havia sido condenado em primeira instância pelo crime em setembro de 2022. No mesmo ano, recorreu da sentença na 17ª Vara Criminal de São Paulo pela primeira vez, e o pedido foi negado pelos desembargadores.