Dois irmãos foram resgatados nesta terça-feira (14) em Marash (Kahramanmaras), no Sudeste da Turquia, durante a manhã (madrugada no Brasil), depois de passarem oito dias debaixo de escombros.
A informação foi atualizada pelo repórter Rodrigo Hidalgo, da Band, que acompanha a missão humanitária enviada pelo Brasil para ajudar nas buscars por vítimas dos terremotos que causaram mais de 37 mil mortes na Turquia e na Síria.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse foi "o pior desastre natural em um século". Mais de sete milhões de crianças foram afetadas pelo tremor que atingiu os dois países em 6 de fevereiro, disse o Unicef nesta terça-feira, expressando temores de que "milhares" tenham falecido.
Apesar dessa dimensão da tragédia, os especialistas que estão na Turquia garantem que ainda é possível encontrar sobreviventes até 20 dias após o desastre.
Na manhã desta terça, conforme explicou Rodrigo Hidalgo, dois irmãos estavam fazendo contato com socorristas franceses e acabaram localizando com vida esses dois jovens de 17 e 21 anos. Uma hora e meia depois, outro jovem, de 18 anos, foi resgatado. A média de pessoas com vida é de cinco pessoas por dia.
Equipes de trinta e três países, incluindo da missão humanitária brasileira, trabalham na região.
Além de 38 bombeiros, de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, dois agentes da Defesa Civil, há dois médicos brasileiros que montaram uma tenda na região para prestar atendimento a feridos e voluntários que eventualmente precisem de ajuda médica durante os trabalhos de resgate. Os desabrigados, que estão em tentas montadas pelo governo turco, também precisam de ajuda e são atendidos pelos resgatistas.
Voos estão escassos no aeroporto de Marash e muitos desabrigados não conseguem deixar a região. Voos domésticos foram comprometidos pela priorização do terminal de pequeno porte para missões humanitárias.