O advogado de defesa de um dos integrantes do “Bonde dos Mauricinhos”, grupo composto por três jovens de classe média alta acusados de agressões, vandalismo e outros crimes em Manaus, no Amazonas, disse, nesta quarta-feira (23), ao comentar o caso, que “jovens às vezes fazem bobagem”.
“É um grupo de jovens, garotos, que são comuns, como qualquer outro jovem, e às vezes fazem bobagem na adolescência”, afirmou o advogado na porta da delegacia, onde esteve para representar Marcos Vinicius Mota.
Os outros dois foram identificados como Enrick Benigno Lima e Pedro Henrique. Todos, que são filhos de empresários, são aguardados para uma audiência na próxima quarta (30).
O caso ganhou repercussão depois de o grupo publicar uma série de vídeos nas redes sociais para ostentar e exibir atitudes criminosas, dando tiros para o alto, agredindo pessoas em situação de rua e colocando fogo em áreas de mata, por exemplo.
“Tratam-se de fatos antigos, de dois anos atrás. Meu cliente era ‘de menor’, se fosse apurado, não seria crime, seria ato infracional”, disse também o advogado.
São atos reprováveis, claro, não se pode negar, mas, em um momento mais adequado vamos poder explicar tudo que aconteceu, como foram gravados esses vídeos.
Durante uma operação realizada na segunda-feira (21), os agentes cumpriram ordens judiciais e apreenderam computadores, celulares e munições de pistola na casa de Marcos.
“São jovens arruaceiros causando perigo durante a madrugada aqui na nossa capital, disparando com arma de fogo, ateando fogo em locais públicos, danificando alguns comércios e perturbando alguns moradores que estão na condição de rua”, destacou o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga.
Até o momento, o grupo, que está foragido, é investigado por crimes como porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, incêndio e injúria.
"Não adianta ter dinheiro se não sabe se comportar dentro de uma sociedade ordeira, como tem que ser a nossa sociedade. Cometeu o seu erro, vai responder pelo seu ato, independente do estado financeiro, independente da capacidade da família, para a gente pouco importa”, afirmou o secretário de Segurança Pública do estado, Vinicius Almeida.