O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta sexta-feira (8) que o país irá enviar uma missão de ajuda, incluindo aviões, para resgatar torcedores do time Maccabi Tel Aviv FC que foram agredidos após uma partida contra o Ajax, em Amsterdã, na Holanda.
Os torcedores foram agredidos após uma partida entre as duas equipes em jogo válido pela Liga Europa, na noite desta quinta-feira. Segundo a polícia de Amsterdã, pelo menos 62 pessoas foram presas.
Em comunicado, Netanyahu informou que vê com “extrema gravidade o ataque antissemita planejado” contra israelenses e solicitou que a segurança da comunidade judaica holandesa.
“De acordo com a diretriz do primeiro-ministro, aviões israelenses estão agora a caminho da Holanda para trazer de volta os cidadãos (israelenses), incluindo os feridos”, informou o gabinete de Netanyahu em comunicado.
Ainda segundo a polícia, pelo menos cinco feridos precisaram ser encaminhados para hospitais da cidade. No entanto, ainda não há informações de israelenses que sejam mantidos como reféns ou desaparecidos, mas essa possibilidade também está sendo investigada.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, afirmou que as cenas de violência lembraram o ataque cometido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou o conflito na Faixa de Gaza.
“Vemos com horror às imagens e vídeos chocantes que, desde 7 de outubro, esperávamos nunca mais ver: um pogrom antissemita ocorrendo atualmente contra torcedores do Maccabi Tel Aviv e cidadãos israelenses no coração de Amsterdã”, escreveu Herzog.
“Este é um incidente sério, um sinal de alerta para qualquer país que deseja defender os valores da liberdade. Dou meu total apoio à cooperação que está ocorrendo agora entre os governos e confio que as autoridades na Holanda vão agir imediatamente e tomarão todas as medidas necessárias para proteger, localizar e resgatar todos os israelenses e judeus sob ataque”, completou.
O primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, declarou que está “horrorizado com os ataques antissemitas contra civis israelenses” que eram “completamente inaceitáveis”. Ele declarou que havia falado com Netanyahu por telefone “para enfatizar que os perpetradores serão identificados e processados”.