Integrante da Mancha Alviverde se entrega; número de presos por emboscada chega a 13

Emboscada contra integrantes da Máfia Azul, do Cruzeiro, deixou um torcedor morto; sete pessoas seguem foragidas, incluindo o ex-presidente da Mancha Alviverde

larissa alves

Emboscada a torcedores do Cruzeiro
Reprodução

A polícia de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (10), o 13º integrante da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, suspeito de envolvimento na emboscada contra integrantes da Máfia Azul, do Cruzeiro. O ato de violência em uma rodovia de São Paulo deixou um torcedor morto e outros 17 feridos.

Leandro Gomes dos Santos, o Leandrinho, que tinha um mandado de prisão em aberto, se entregou à polícia. Além dele, outros 12 integrantes da Mancha Alviverde já foram detidos e sete seguem foragidos. 

O ex-presidente da Mancha, Jorge Luís Sampaio Santos, deve se entregar à polícia nesta quinta-feira (12). Em nota divulgada no último domingo, ele anunciou a renúncia ao cargo e havia declarado que iria se apresentar às autoridades. 

"Devido aos acontecimentos recentes, não posso mais continuar”, diz trecho da nota. Segundo o texto, o objetivo dele é se “dedicar exclusivamente” a defesa e provar “inocência”. "Reitera ainda que as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade e que exercerá sua defesa com determinação e confiança de que tudo será esclarecido", conclui.

Emboscada na rodovia Fernão Dias 

A emboscada da Mancha Alviverde contra torcedores do Cruzeiro, que se deslocavam de Curitiba para Belo Horizonte, ocorreu na madrugada de 27 de outubro, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo. Um integrante da torcida cruzeirense morreu e mais de 10 ficaram feridos. 

Após o caso, o Ministério Público de Minas Gerais expediu uma recomendação à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o banimento temporário da torcida organizada Mancha Alviverde. No documento, o promotor de Justiça da 14ª Promotoria de Defesa do Consumidor do Procon-MG, Fernando Abreu, pede que a medida cautelar seja adotada em âmbito nacional, já que, segundo o ele, o risco não se restringe a Minas Gerais. 

Os palmeirenses usaram pedaços de madeira e fogo para atacar os cruzeirenses que estavam em dois ônibus. Um veículo foi incendiado e outro teve os vidros quebrados. 

Em relação ao Ministério Público paulista, o órgão informou que vai investigar as torcidas organizadas que agem como "facções criminosas". Para o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, o que houve neste domingo (27) foi uma "selvageria".

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