Após ação de 'justiceiros', governo do Rio reforça segurança em Copacabana

Uma das medidas é a formação de um corredor de segurança, com distribuição de viaturas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, das 18h às 23h

Da Redação

Imagem ilustrativa de viaturas da Polícia Militar do Rio de Janeiro
Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo do Rio de Janeiro implementou nesta quinta-feira (7) o chamado “corredor de segurança” pela Polícia Militar no bairro de Copacabana, na zona sul da capital fluminense. A medida consiste no posicionamento estratégico das viaturas, que vão ficar baseadas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e da Av. Atlântica, na orla da praia, das 18h às 23h.

Além do corredor de segurança, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, secretário da Polícia Militar, afirmou que também houve aumento de efetivo no patrulhamento e de abordagens a suspeitos.

“A gente sabe que nos últimos dias alguns acontecimentos têm tirado a tranquilidade da população e iremos, aqui, com o compromisso de buscar a tranquilidade, mostrar à população, para que se tenha uma sensação melhor de segurança”, disse o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, Victor César dos Santos. 

Em entrevista coletiva logo após a reunião, o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, reforçou que a instituição está investigando os casos de roubos, furtos e também de agressões feitas por grupos de justiceiros que estão indo às ruas atrás de suspeitos, mas destacou o papel do judiciário nesse processo.

Na noite de quarta-feira (6), um homem foi preso e um adolescente apreendido suspeitos de participação na agressão a um idoso de 67 anos em Copacabana. A polícia ainda procura pelos outros envolvidos. O caso aconteceu no sábado (2). A vítima tentava proteger uma mulher durante um roubo. O bandido que deu um soco no idoso é Vitor Hugo, de 22 anos, que teve nove passagens por assalto, furto e tráfico de drogas enquanto adolescente e, depois que atingiu a maioridade, chegou a ser preso duas vezes. Vitor Hugo ainda não foi localizado.

Ainda nesta quinta (7), autoridades das forças de segurança fizeram uma reunião para alinhar as ações, como explicou o secretário de Segurança Pública, Victor César Carvalho dos Santos.

A reação das autoridades acontece depois da escalada de violência em Copacabana nos últimos dias. Dados do Instituto de Segurança Pública mostram crescimento de 25% no número de roubos de janeiro a outubro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2022.

Ação de "justiceiros"

Copacabana também virou palco de outra violência, a ação de “justiceiros”. Declarando-se insatisfeitos com os episódios de assaltos violentos no bairro, grupos de moradores resolveram fazer justiça com as próprias mãos e se unir contra os criminosos. Por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, passaram a convocar outras pessoas a reagirem aos roubos na área turística carioca e a se vingarem de suspeitos desses crimes. 

Vídeos e mensagens veiculados pela imprensa carioca mostram pessoas incitando a agressão contra os assaltantes.

Sobre esses casos, a Polícia Civil disse que está trabalhando com o setor de inteligência para identificar as pessoas envolvidas. Foram feitos dois registros de ocorrência sobre o caso e uma vítima foi encontrada, ouvida e levada para fazer exame de corpo de delito. 

O governo ressaltou que esses crimes não serão tolerados e que a população precisa confiar nas leis, polícias, Ministério Público e Poder Judiciário, que são as instituições que devem agir quando esses crimes acontecem.  

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